segunda-feira, 25 de julho de 2011

Choques recentes

I.
Hoje de manhã, saí de casa para o cafézito habitual e fui comprar o i, no qual descobri uma entrevista muito elucidativa em relação à tragédia recente na Noruega. Aconselho vivamente a leitura aqui.
A violência das imagens, as informações que foram sido transmitidas deixaram-me literalmente sick to my stomach. É absolutamente indiscutível que o inimigo dos dias de hoje já não tem cara. Já não há um padrão. A demonização do Islão ganhou uma relevância tão grande no panorama internacional, que qualquer outra opção de ameaça foi desvalorizada. Quer dizer, este gajo é loiro, de olhos azuis, norueguês na sua mais pura forma. No entanto, é um monstro. Apoiante acérrimo da extrema-direita, que escreve um manifesto de 1500 páginas sobre uma Declaração de Independência Europeia, anda nas redes sociais para se auto-promover, e acaba por conseguir matar quase 100 pessoas a sangue-frio. Um obcecado. Um lunático. Um psicopata. Tudo isto numa só pessoa que foi criada numa das sociedades mais prósperas e avançadas do mundo. Hoje, o perigo é o vizinho do lado, o perigo também está no Ocidente. "Globalização" realmente um termo que açambarca absolutamente tudo, e cada vez mais se manifesta no sentido errado. Estou absolutamente horrorizada com tudo isto. Temo pelo meu futuro, pelo futuro dos meus filhos, temo que a insegurança tome conta do mundo de tal maneira que a História se venha a repetir. 



II.

Estava eu a desfrutar de um belíssimo dia de praia quando surge a notícia da morte da Amy Winehouse. Bem, para ser muito sincera, não foi um grande choque. Aliás, já se estava à espera à muito tempo. Sempre a achei um prodígio, segui a carreira dela, e sou absolutamente fã de todo o trabalho dela. Mas por outro lado acho absolutamente degradante o ponto a que ela chegou. Uma pessoa tão talentosa, com uma carreira brilhante pela frente, decide enveredar pela via da destruição absolutamente consentida, e ainda fica absolutamente obcecada por um homem que só contribuiu para a desgraça dela. Ela viveu sobre enorme pressão e simplesmente não soube lidar com isso, e a partir daí foi asneira atrás de asneira. E pronto. É mais uma grande artista que decidiu deixar um legado curto, marcado pelo escândalo, pelo life on the edge, pela decadência. Ela escolheu o caminho que percorreu. Pena que não tenha tido uma mão forte e amiga que a puxasse para cima, lhe metesse um colete de forças e a internasse num centro de rehab, palavra que a tornou numa estrela mundial, mas cujos benefícios, que lhe podia ter salvo a vida, foram constantemente ignorados. Live fast and die young é uma expressão que nunca deveria ter feito parte da história desta mulher tão perturbada, mas tão genial em igual medida.


domingo, 17 de julho de 2011

About NYC - Part I

Quando aterramos em Newark, ainda estava dormente. Não tinha bem a noção de que finalmente estava a poucas horas de estar no centro da cidade que sempre sonhei visitar desde miúda. Seguiu-se uma fila interminável para os passaportes (cerca de 1h e qualquer coisinha, hora essa de desespero e ansiedade), onde fui interrogada tipo CSI. O diálogo foi mais ou menos assim: 

"Hi. Why are you here?"
"Hi. I'm just visiting."
"Visiting who?"
"Hum, the city."
"Where are you staying? Do you have any family here?"
"No. Staying at a hotel."
"For how long?"
"A week."
"Alone?"
"No. With a friend"
"Where's your friend?"
"Behind you."
(olhar desconfiado para trás)
"Have you ever been in the USA?"
"No. It's my first time."
"Ok. (carimbo bruto no passaporte) Enjoy."

Ufa, que filme. Finalmente. Seguimos para apanhar o "Supershuttle" (aka melhor serviço de sempre, que nos leva do aeroporto até à porta do hotel.). Trânsito infernal, e de repente, lá estava. A ilha de Manhattan. Aquela imagem clássica da linha irregular de arranha-céus. Foi um momento mágico, de emoção profunda. Estávamos arrasadas pela viagem, mas quanto mais perto estávamos, maior era o excitamento de nos instalarmos e partirmos à exploração daquela cidade acelerada e confusa, mas ao mesmo tempo magnética. Chegamos à porta do Stay Hotel (um hotel young and cool, que desde já recomendo) e demos por nós ao lado de Times Square. Aí abateu-se sobre mim a realidade pura e maravilhosa: eu estava em Nova Iorque. Eu estava no centro do mundo, na cidade que nunca dorme, naquela cidade que sempre me enfeitiçou. E foi um momento de realização pessoal na sua mais sublime forma. Fiquei imediatamente fascinada com as pessoas, com o movimento, as cores e os sons. Quis que aquele momento fosse para sempre. Desejei nunca mais ter que sair dali. Pela primeira vez na minha vida, senti-me em casa fora de Portugal. Eu não sou daquelas pessoas que "could live anywhere". Não sou fã de Portugal de todo, nem é aqui que planeio fazer a minha vida. Mas a questão é que não me senti de férias. Senti que pertencia ali, que ali seria feliz. E o facto é que este sentimento se intensificou à medida que fui conhecendo a cidade, cada vez que de manhã ia buscar um Starbucks e um croissant, e mais tarde um cachorro numa esquina comprado a um indiano bem-disposto, enquanto me deslumbrava com o desequilíbrio arquitetónico, e com as montras, e os dellis, e a velocidade estonteante da vida. No segundo dia, mudámos-nos para a casa de uma amiga da minha mãe, 53rd and 2nd Av, com uma vista inacreditável sobre a cidade, uma casa divertida, bom ambiente, just living the life in New York City. Éramos felizes ali. Completamente satisfeitas e entusiasmadas, sabendo que muito mais estaria para vir.

*Mais em breve, promiss.

sábado, 16 de julho de 2011

Just sharing some random thoughts

It´s amazing how some old pictures can make you feel. You know they don't mean anything. They're part of a history. Well, it's harder when it's not your history and still you have to face it, to respect it. It's really hard to come across with a past that is not your own, and still be rational and adult and deal with it. Are we really obliged to accept it, to embrace others past without getting uncomfortable? Or are we in a position of asking for a fresh start? For a clean memory card, with no photos or souvenirs? Where is the line? Right now, I know that I'm not too comfortable. And maybe I'm selfish. Stupid, immature, disrespectful. But that's just how I feel. Sorry.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Olha que bom!

Perdi um seguidor, mas ganhei dois no dia seguinte! Happy little me :) Obrigada, enjoy ! São muito bem-vindos!

quarta-feira, 13 de julho de 2011

domingo, 10 de julho de 2011

É o seguinte

Estou de férias na praia grande por tempo indefinido. Praia o dia todo, namoro e descanso. Era mesmo disto que estava a precisar. Não tenho vindo aqui porque estive em nova iorque e logo cheguei tive enfiada na faculdade a estudar, e mandei me pra aqui imediatamente após o exame! Por isso, as minhas mais sinceras desculpas. Tenho fotografias de ny que quero partilhar, e assim o farei. Quanto ao blogue que anunciei, onde colocarei ao vosso dispor alguns trapinhos e outras coisinhas, muito sinceramente, ainda não tive tempo nem cabeça! Agora, preciso disto. Obrigada pela compreensão :)