segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Dos emails que merecem ser partilhados

Recebi um e-mail de um leitor deste meu canto que, de tão acertado que foi, merece ser aqui publicado. Francisco, disseste para não generalizar, e não o fiz, aliás porque assenta-me tão bem que não seria capaz. Mas tenho que o publicar. Como agradecimento. Por isso, obrigada. Soube-me muito bem. Na mouche. 


"Depois de algum tempo aprendes  a diferença,  a  subtil diferença, entre dar a mão e acorrentar
uma alma. E aprendes que amar não significa apoiar-se, que companhia nem sempre significa
segurança, e começas  a  aprender que beijos  não  são  contratos,  e  que  presentes  não  são
promessas. Começas a aceitar as tuas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com  a
graça de um adulto e não com  a  tristeza  de  uma  criança; aprendes  a  construir  todas as tuas
estradas  hoje, porque  o  terreno  do  amanhã  é  incerto  demais  para os planos, e o futuro tem o
costume de cair a meio. Depois de um tempo aprendes  que  o  sol  queima  se  ficares  exposto
por muito tempo, e  aprendes  que  não  importa  o  quanto  te  importes, algumas pessoas
simplesmente não se importam... aceitas  que  não  importa quão boa seja uma pessoa, ela vai
ferír-te de vez em quando e precisas perdoá-la por isso. Aprendes que falar pode aliviar dores
emocionais, e descobres  que  se  leva  anos  para  se  construir  confiança  e  apenas  segundos  para
destruí-la, e que podes  fazer  coisas em um instante, das quais te  arrependerás  pelo  resto  da
vida; aprendes que verdadeiras  amizades  continuam  a  crescer mesmo  a  longas distâncias,  e o
que importa não é o que tu tens  na  vida,  mas  quem tu tens  na  vida,  e  que  bons  amigos  são  a
família que nos  permitiram escolher. Aprendes  que  não  temos  que  mudar  de  amigos  se
compreendemos que eles mudam; percebes que o teu melhor amigo e  tu  podem  fazer
qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobres que as pessoas com quem
tu mais te importas na vida são tiradas de ti muito  depressa,  por  isso  sempre  devemos  deixar
as pessoas que amamos com palavras amorosas; pode ser a última vez que as
vemos. Aprendes  que  as  circunstâncias  e  os  ambientes  tem  influência  sobre  nós,  mas  nós
somos responsáveis por nós mesmos. Começas  a aprender que não se deve compará-los com
os outros, mas com o melhor que pode ser. Descobres que se leva muito tempo para se tornar
a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto. Aprendes que não importa onde já chegaste, mas
onde se está indo, mas se tu  não  sabes  para  onde  estás  indo  qualquer  lugar  serve. Aprendes
que ou tu controlas os teus actos ou eles te  controlarão,  e  que  ser  flexível  não  significa  ser
fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação,
existem sempre dois lados. Aprendes que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário
fazer, enfrentando as consequências. Aprendes que paciência  requer muita prática. Descobres
que algumas vezes a pessoa que tu esperas que te pise quando tu cais é uma das poucas que te
ajudam a levantar; aprendes  que  maturidade  tem  mais  a  ver  com  os  tipos  de  experiência  que
se teve e o que tu aprendes com elas do que com quantos aniversários tu celebraste; aprendes
que há mais dos teus pais em ti do que tu  supunhas; aprendes que nunca  se deve dizer  a uma
criança que sonhos são disparates; poucas coisas são tão humilhantes... e seria uma tragédia
se ela acreditasse nisso. Aprendes que quando se está com raiva se tem o direito de estar com
raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobres  que  só  porque  alguém  não te  ama
do jeito que tu  queres  que  ame  não  significa  que  esse  alguém  não te  ama  com  tudo  o  que
pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou
viver isso. Aprendes que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém; algumas vezes tu
tens  que aprender a perdoar-te a ti mesmo. Aprendes  que  com  a  mesma  severidade  com  que
julgas,  tu  serás  em  algum  momento  condenado. Aprendes  que  não importa em quantos
pedaços o teu coração foi partido, o mundo não pára para que tu o  consertes. Aprendes que o
tempo não é algo que possa voltar para trás, portanto, plante o teu jardim e decora tua alma ao
invés de esperar que alguém te traga flores, e tu aprendes que realmente podes suportar... que
realmente és  forte  e  que  podes  ir  muito  mais  longe  depois  de  pensar  que  não  se  pode
mais. Descobres que  realmente  a vida  tem valor  e que tu tens valor diante da vida! As nossas
dúvidas são traidoras e fazem-nos  perder  o  bem  que  poderíamos conquistar, se não fosse o
medo de tentar."
(William Shakespeare)


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